Transformando pedras em evolução

O desespero que ele sentiu naquele momento era quase palpável.
Estava no meio do nada, sem sinal e sem saber como sair daquela situação.

Era um domingo tranquilo e aproveitou para visitar sua filha, decidindo pegar uma estrada de terra que costumava percorrer para encontrar paz.

Estava tudo indo bem até que (sim, toda história precisa ter um até que).

Passou por cima de algo e carro parou, ele pisou no acelerador, porém o carro não se movia.

Saiu para ver o que estava acontecendo e de alguma forma o carro subiu em cima de um galho e as rodas mal tocavam no chão.

Primeiro ele xingou tudo e todos, tanta gente no mundo e isso foi acontecer justo com ele.

Depois de alguns minutos a raiva foi dando espaço ao desespero, afinal como ele iria sair dali?

Não tinha sinal de celular para ele pedir ajuda e poucas pessoas passavam pela estrada, ainda mais num domingo.

Já estava imaginando que iria ficar ali o dia todo, passando fome e sede.

Por fim, ele sabia que ficar lamentando não o levaria a lugar algum. Era hora de agir, e a solução estava dentro dele.

Uma ideia surgiu…

Talvez se colocasse peso no carro, isso seria o suficiente para as rodas voltarem a tocar o solo e ter tração para sair do lugar.

Ele sentiu uma onda de esperança, uma dose de coragem que surge quando a única opção é seguir em frente.

Começou a encher o porta malas com várias pedras que tinham ao redor até as rodas tocarem o chão.

Entrou no carro, rezou, fez promessas para todos os deuses que conhecia. Com coração batendo forte, deu partida e acelerou…

Por alguns segundos parecia que não ia dar certo, mas o carro começou a se mover aos poucos até ele estar livre novamente.

Comemorou, gritou e até fez uma dancinha.

Feliz, viu que o carro não tinha nenhum dano e seguiu sua viagem.

Essa história nos mostra que muitas vezes o que precisamos para seguir em frente é carregar mais peso.

As propagandas podem vender a ideia de que a felicidade está em fugir das responsabilidades, mas a realidade é bem diferente.

Quantas vezes sonhamos em fazer algo, mas não colocamos em prática?

Você deixa para a próxima semana, mês, ano, década…

Quando tirei minha carta de motorista, tinha vários motivos (ou desculpas) para não dirigir.

Posso dormir no ônibus, não me estresso com o trânsito, leio meus livros…

A verdade é que queria pegar o carro e andar por aí, sem ter que ficar horas esperando um ônibus lotado.

Isso só mudou quando aceitei um emprego em que precisava dirigir.

Essa responsabilidade foi o peso que precisava para pegar tração e realizar uma tarefa que adiei por seis anos.

Aceitar responsabilidades nos impulsiona na direção dos nossos objetivos.

Quantos pessoas mudam de atitude depois que seus filhos nascem?
Quantas pessoas colocam seus projetos em ação depois que são demitidas?
Quantas pessoas fazem cursos após assumirem novas funções?

As responsabilidades são as pedras que nos ajudam a ter tração para avançar na vida.

Elas te colocam num estado de urgência, onde você não tem outra opção, além de agir.

É comum termos medo de aceitar novas responsabilidades pela chance de falhar ou por não acreditar que somos capazes.

Mas ninguém está pronta para ser mãe, para abrir uma empresa ou iniciar um novo projeto.

As pessoas se tornam prontas durante o processo.

Quando aceitei minha primeira cliente, tive que aprender muita coisa, mas cada desafio era uma oportunidade de crescer, de aprender e evoluir.

O medo do da falha foi substituído pelo desejo de progredir. Apanhei muito para fazer tarefas que hoje faço com olhos fechados.

Portanto, abrace novas responsabilidades e desafios. São elas que vão te ajudar a crescer e evoluir.

Isso não significa aceitar qualquer coisa, mas sim o que vai te levar onde você deseja chegar.

Lembre-se - são as responsabilidades que nos impulsionam nessa jornada incrível.

Terça teremos uma nova edição da news.

Nela iremos conversar sobre o Silvio Santos e como chamar a atenção dos seus seguidores.

Até mais

Alexandre Hinkelmann